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segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Demasiados na minha casa... e na minha cabeça!

Afilhada querida:

Tenho andado tão ocupada e cansada que te respondo por aqui, e para saber se consegues abrir o blog normalmente. 
Alterei o formato para dinâmico, mas não está em construção. 
Quero modificar o título e tirar a foto do meu filho, porque as duas coisas, como creio já ter dito, condicionam algumas das pessoas que me são queridas a não ler nada do que escrevo.

Passando à descrição do título.
Este andar inicialmente, muito agradável pela bela vista de mar e pela exposição solar magnífica, passou a ser mais uma gaiola, onde me sinto aprisionada e onde perceciono todos os barulhos e conversas, bem nítidas dos vizinhos, melhor ainda do que o marulhar das ondas na noite, que o canto das gaivotas em terra, ou o motor dos aviões que se aproximam do aeroporto. 
Quando chove dias seguidos, dentro de casa tenho o "perfume" a esgostos. Impensável num 4º andar, não?
Dia a após dia, o barulho das vozes, o chorar da menina, para o qual eu não encontro razão, o subir das escadas de madeira para o quarto do duplex por cima do meu, o barulho da água a correr para a banheira, durante a noite, que me acorda sobressaltada com a sensação de que tenho a casa a ser inundada, leva-me a um crescendo de irritabilidade e descontrolo, que controlo com atividade até ao cansaço.

Quando não se está bem tenta-se alterar esse estado para melhor. Penso eu! Pelo menos há que arriscar.

Amanhã tenho consulta em psiquiatria no HSJ. Faltei à última, porque achei que não precisava mais de lá ir. Volto, apesar de a minha energia estar quase normal, de me sentir pronta para enfrentar a vida. Mas, não posso, nem quero ficar triste, ou desmoronar, como acontece ainda, quando algum filho ou alguém querido está a sofrer, ou me magoa mesmo sem querer, e me sinto como uma ave de asa partida.

Eu sei minha querida, que cada um é que pode fazer o melhor por si. Os especialistas apenas podem ajudar. E tu és bem o exemplo do que digo. 
Outra máxima verdadeira e que utilizo ao longo da minha vida: quando o problema é grande, divide-o em partes e resolve-o assim...
Talvez não tenha respondido ainda ao que querias, mas respondo quando for altura. Neste momento continuo às voltas com alguns problemas e dividi-os em partes.

Um abraço linda açoreana.

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