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sábado, 31 de maio de 2014

E se Deus te enviasse um email assim?



Olá! Como é que acordaste esta manhã?
Eu vi-te e esperei pensando o que falarias comigo, mesmo que fossem apenas umas poucas palavras... querendo saber a minha opinião sobre alguma coisa ou mesmo agradecendo-me por algo de bom que aconteceu na tua vida ontem.

Mandaste e-mails a todos os teus amigos, mas não falaste comigo... Tudo bem!
Notei que estavas muito ocupado tentando encontrar uma roupa apropriada para o trabalho. Então, esperei outra vez...

Quando andavas pela casa, de um lado para o outro, já pronto, eu estava lá. Seriam poucos minutos para ti dizer-me “olá Amigão"!

Mas estavas realmente muito ocupado. Como ainda tinhas 15 minutos antes de sair de casa, gastaste esse tempo apenas sentado numa cadeira, sem fazer nada!

À hora do almoço, esperei pacientemente outra vez enquanto estavas a ver TV e a comer a tua comida. Porém, mais uma vez, não falaste comigo!

Na hora de dormir devias estar muito cansado, pois apenas disseste boa noite à tua família, saltaste para a cama, caíste no sono e adormeceste rapidamente.
Tudo bem! Talvez não saibas que eu sempre estou ao teu lado, disponível.

Tenho muita paciência! Muito mais do que tu possas imaginar.
Eu mesmo quero ensinar-te como ser paciente com as outras pessoas e como ser bom.
Amo-te tanto que espero todos os dias por um sinal teu, um simples inclinar de cabeça, uma oração, um pensamento ou um agradecimento.

Sabes, é muito difícil uma conversa quando só existe um lado! Só um disposto a conversar. Bem, tu vais levantar-te outra vez para um novo dia e mais uma vez e mais outra vez, e outra vez, sem falar comigo. E serão muitas vezes...

Um abraço do teu sempre Pai e Amigo,
DEUS

PS: Será que tens tempo para enviar esta mensagem a alguém ?
Como eu fiz, mostra aos teus amigos que te importas com eles, e verás que há muitas pessoas que se lembram de ti!



Agradeço à minha amiga OP, que me enviou este mail em pps e que transcrevi para o blogue, porque sou uma das que me habituei a falar todos os dias com ELE!
Falo sim e muito, quer entre no carro, quer desate a chorar de saudades, quer precise de apoio para suportar as dificuldades, ou conter-me em situações desesperantes, de qualquer um perder a cabeça. 
Trato-o por "Tu que tudo sabes" e a verdade é que nunca mais me senti só, nem no meio dos maiores e injustos desaforos, e ajudou-me a aceitar a perda do meu querido filho, a perceber que a mesma é só física, pois está mais próximo do que nunca.
Em dias que o sono me pode vencer, escrevo-lhe! 
Quem considerar ridícula a minha atitude, tem todo o direito, mas asseguro-vos que estou em pleno gozo de todas as minhas faculdades mentais e sinto-me bem, combativa como sempre, contra a injustiça, a violência e a corrupção cada vez maior neste Portugal, que de tanta gente que se vai, não tarda, será de poucos...

Mãe de seis, Prof de muitos e Mulher...

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Para os que não creem é uma excelente história!

'Entrai pelas portas dele com gratidão, e em seus átrios com louvor; louvai-o, e bendizei o seu nome.' Salmos 100:4

Na quinta feira, dia nove, entre uma reunião e outra, o empresário aproveitou para ir fazer um lanche rápido em uma pizzaria na esquina das ruas Yafo e Mêlech George no centro de Jerusalém.
O estabelecimento estava superlotado. Logo ao entrar na pizzaria, Moshê percebeu que teria que esperar muito tempo numa enorme fila, realmente desejasse comer alguma coisa - mas ele não dispunha de tanto tempo.
Indeciso e impaciente, pôs-se a ziguezaguear por perto do balcão de pedidos, esperando que alguma solução caísse do céu.
Percebendo a angústia do estrangeiro, um israelense perguntou-lhe se ele aceitaria entrar na fila na sua frente. Mais do que agradecido, Moshê aceitou. Fez seu pedido, comeu rapidamente e saiu em direção à sua próxima reunião.
Menos de dois minutos após ter saído, ele ouviu um estrondo aterrorizador. Assustado, perguntou a um rapaz que vinha pelo mesmo caminho que ele acabara de percorrer o que acontecera. O jovem disse que um homem-bomba acabara de detonar uma bomba na pizzaria Sbarro`s... Moshê ficou branco. Por apenas dois minutos ele escapara do atentado. Imediatamente lembrou do homem israelense que lhe oferecera o lugar na fila.
Certamente ele ainda estava na pizzaria.
Aquele sujeito salvara a sua vida e agora poderia estar morto.
Atemorizado, correu para o local do atentado para verificar se aquele homem necessitava de ajuda. Mas encontrou uma situação caótica no local.
A Jihad Islâmica enchera a bomba do suicida com milhares de pregos para aumentar seu poder destrutivo. Além do terrorista, de vinte e três anos, outras dezoito pessoas morreram, sendo seis crianças. Cerca de outras noventa pessoas ficaram feridas, algumas em condições críticas.
(...)
Entre feridos e mortos estendidos pelo chão, vítimas ensangüentadas eram socorridas por policiais e voluntários. 
(...)
Ele decidiu que tentaria de todas as formas saber o que acontecera com o israelense que lhe salvara a vida. Moshê estava vivo por causa dele.    
Precisava saber o que acontecera, se ele precisava de alguma ajuda e, acima de tudo, agradecer-lhe por sua vida. 
O senso de gratidão fez com que esquecesse da importante reunião que o aguardava.
Finalmente encontrou o israelense num leito de um dos hospitais. Ele estava ferido, mas não corria risco de vida.
Moshê conversou com o filho daquele homem, que já estava acompanhando seu pai, e contou tudo o que acontecera. Disse que faria tudo que fosse preciso por ele. (...) Depois de alguns momentos, Moshê se despediu do rapaz e deixou seu cartão com ele. Caso seu pai necessitasse de qualquer tipo de ajuda, o jovem não deveria hesitar em comunicá-lo.
Quase um mês depois, Moshê recebeu um telefonema em seu escritório em Nova Iorque daquele rapaz, contando que seu pai precisava de uma operação de emergência.
Moshê não hesitou. Arrumou tudo para que a cirurgia fosse realizada dentro de poucos dias. Além disso, fez questão de ir pessoalmente receber e acompanhar seu amigo em Boston, que fica a uma hora de avião de Nova Iorque.
(...)
Naquela manhã de terça-feira, Moshê foi pessoalmente acompanhar seu amigo - e deixou de ir trabalhar. Sendo assim, pouco antes das nove horas da manhã, naquele dia 11 de setembro de 2001, Moshê não estava no seu escritório no 101.º andar do World Trade Center Twin Towers. 
(Relatado em palestra do Rabino Issocher Frand) 
 
Agradeço a partilha à amiga OP. Cortei algumas partes do texto mais "sangrentas" e repetitivas, para não o tornar demasiado extenso.
E de facto hoje, como à 2000 anos: 
É assim que DEUS faz!!! 
  
     

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Mais um fim de semana!



Este texto foi escrito ontem, pelas 16.30h, neste cantinho da esplanada em Canidelo.

Não sei como ainda dou conta que é fim de semana. 
Esta aversão a estes dias de descanso e de reunião das famílias, cada vez é maior e mais dolorosa...
Tento ocupar-me de forma diferente dos outros dias, mas a nostalgia de outros fins de semana cheios, em que sempre esperava alguém, ou tinha de me despedir de algum dos filhos, até te ter a ti a tempo inteiro, e foi tão pouco, não me larga.
As saudades perpetuam-se e são de um tamanho que comprimem o meu peito, que por vezes me fazem sentir abafar.
Quando será que esta tormenta acalma?
A crise económica trouxe ao de cima, o que as pessoas teem de pior, e muitas delas que eu pensava conhecer, revelam agora também o seu íntimo, a sua falta de honestidade, de verticalidade...
Possivelmente não quis ver mais cedo, aquilo que tu viste e de que não falavas, porque doía. 

As desilusões doem, sentir-mo-nos incompreendidos e muitas vezes pensarmos, que é dentro da própria família que a solidão e a inveja começa, que o pensar unicamente naquele núcleo pequeno que vive debaixo do mesmo teto, que só esse conta, o resto, são seres humanos quase invisíveis.

Onde está a ternura, a compaixão, a solidariedade, a cooperação, que a condição e inteligência de SABER SER deveria trazer consigo? No séc. XXI está-se a desaprender de ser gente, como provam os assassínios entre pessoas da mesma família.
Que tristes são estes tempos!

Quase um mês sem vontade de nada...

Arrastei-me até Chaves, pela nacional, para pagar menos scuts e portagens e parar para rever amigos, se me apetecesse... 
Falei para a Becas, como se fosse gente e creio que me entendia e até me respondia. 
A carrinha bebeu como uma autêntica "bêbada", mas não tinha alternativa.
Parei em casa da T e foi muito bom revê-los. A A não estava. Encontrei o A à porta da Escola em VP, na entrada para uma reunião. Fez-me bem, ainda que por minutos sentir aqueles ares, rever pessoas genuínas, amigos sinceros, recordações que guardo religiosamente na minha mente.

Quando cheguei a casa, o desânimo foi completo pelo estado do jardim, dos canteiros, do pomar, quase em abandono. Como é possível, pessoas que se responsabilizam por uma casa, deixar os espaços que a circundam chegar a este caos? A cerejeira sem uma única cereja, cheia de bicho. As videiras sem poda. Enfim... indescritível!

A Becas não parava de ladrar, até no meu colo, até se deitar na cama que improvisei, porque me esqueci por completo que já lá não tenho cama, nem sequer roupa. A tristeza já era grande, então passou a choque por um esquecimento desta natureza: nem pijama, nem toalhas, nem mantas... Estávamos a 14 de Maio e fazia 14 anos que a minha madrinha tinha partido, depois de ter ido ver pela segunda vez no mesmo dia o estado das obras na casa, o quarto que lhe era destinado, e de ter dito "está tudo muito bonito, mas não chego a estreá-la". Fomos viver para a casa em Setembro.

Foram cinco dias dolorosos, a esvaziar a casa e a resolver questões legais, amenizados pela companhia da cadelinha amorosa, dos almoços em casa da L/R e R/A, quando pretendia ir à Internet e necessitava fazer pausas.

Comecei a podar as roseiras e fiz uma bolha tão grande nas mãos, que não pude continuar. 
Que falta me faz o jardineiro, que deve ter partido de novo para a Suíça. O gabinete de estética da mulher está para alugar e a chamada do telemóvel vai parar ao voice mail estrangeiro. Os bons profissionais também se vão embora, não são só os jovens.

Desde que regressei, apenas ontem consegui regressar à escrita. A saúde tem-me atraiçoado. Não levei a medicação e só tomei os dois principais, que trago sempre a receita comigo. Primeiro ressaquei, depois foi a vez do síndrome. Nada me falta!
Agora, quero nela "mergulhar" a tristeza e os problemas; ganhar forças para os resolver um a um, como sempre fui capaz de o fazer e como tu de certeza desejas que o faça e os teus irmãos também!!!

domingo, 4 de maio de 2014

À minha MÃE e a todas as Mães!

Hoje, considerado no calendário DIA DA MÃE (para mim são todos, enquanto as temos entre nós) quero prestar homenagem à Minha, que te diz querer-te tanto como se fosse tua... Não deve ser por acaso que se diz, que Avó é Mãe duas vezes!

Pois a Minha tem 81 anos, Amo-a muito, embora se lho disser fica constrangida, fruto da educação que teve e deu aos 4 filhos que criou, com muito sacrifício, pois trabalhou também quase 40 anos na Milaneza. 
É bonita, quase sem rugas, franzina, lúcida, crítica, ativa, cozinha muito bem, tem a casa sem um grão de pó, preocupada em demasia com os netos, mesmo mais do que com os filhos, esquecendo-se muitas vezes dela e do excelente marido que tem o privilégio de ter ao lado, que a ama e mima e com a mesma idade dela.

Hoje, logo que possa, vou dizer-lhe o que sempre digo: Mãe, Gosto MUITOOOOOO de SI, e peço a Deus, a Jesus, ao Seu Anjo da Guarda, que a mantenha entre nós, assim conforme está, mas apenas preocupada consigo e com o Pai, durante uns anos mais, pelo menos o tempo suficiente de ver os seus filhos e netos unidos e bem. Não quero ver mais lágrimas nos seus cansados olhos, por nenhum de nós.
Tem dado demasiado de si, está na hora de receber, pelo menos dos filhos e netos, já que da empresa para que trabalhou, ganhou uma magra reforma e artrose nas mãos (era empacotadeira) que a fazem sofrer imenso.

À minha filha, irmã, cunhadas, amigas e todas as outras MÃES vivam bem este dia e sobretudo nunca se esqueçam, que também são Mulheres, Esposas, Amantes e temos uma capacidade tão grande e diferente de amar, que conseguimos fazê-lo e muito bem!

Façam favor de serem felizes. 
CARPE DIEM

sábado, 3 de maio de 2014

Os vivos convivem mal com a "morada" dos mortos

Parece-te estranho o título desta conversa?
TU, que vives num outro plano, que sabes que a morte física é apenas uma transição, e és livre como sempre desejaste, sem "morada" terrena fixa, explico o que quero dizer, como a todos o que lerem este texto.

A nossa casa continua a não se vender! O meu sofrimento e penúria continuam também...
A tomada de decisões drásticas, como a entrega ao Banco, o pedido de insolvência, provocam-me também algo inqualificável. Não é dor, mas talvez um sentimento de injustiça, por ter sido apanhada, juntamente com a tua perda, nas malhas desta maldita crise que não pára de atingir os funcionários públicos.

Uma e a principal razão, de quem não precisa dos bancos para comprar a casa, imagina só, é a proximidade do CEMITÉRIO.

Nos 10 anos que lá vivi, quase sempre só, só dava conta da existência dele quando havia algum funeral, ou no Dia dos Defuntos.
Nas cidades, não mudaram os cemitérios de lugar para construir prédios de vários andares.
A Igreja onde a tua irmã se casou está ladeada por um cemitério antigo. Na frente, um moderno só com lajes de granito e verde, onde na morte todos são de facto iguais e ainda em frente a Quinta com os vários salões de festas, de celebrações de VIDA.

Quem nasce tem por certo a morte. Os cemitérios só albergam matéria orgânica, e é só recordar "és pó e em pó te hás-de tornar". 
Não há cemitérios, para o amor que se tem aos que partiram, que continuarão sempre vivos nas nossas memórias!
Há que amar, honrar e respeitar os que nos estão próximos, e viver esta "estadia" seja ela curta ou longa, o melhor que pudermos, em paz com a nossa consciência e cada dia como se fosse o último, sempre pronto para ir de viagem.

Aprendi a viver/pensar assim, já lá vão mais de 20 anos e a duras penas. 
Não é em vão que dos 6 filhos que tive, me restam 2 lindas miúdas (para mim serão sempre) e 1 filho, que é também o melhor do mundo, para mim. Ah, as cirurgias a que fui submetida, não as conto...

"Não há ponto final para o Amor. Amor é Vida e Vida é Eternidade" André Luiz

As voltas que dou ao blogue...

Sempre disse que é através da experiência, do erro, de tentativa após tentativa, o que significa paciência e persistência, que se aprende... mas tenho dado tantas voltas para substituir a fotografia do cabeçalho, e nem a já minha teimosia consegue descobrir como coloquei a 1ª, para a poder retirar e substituir.

O que me aborrece é que por este motivo sufoquei o tanto que tinha para escrever, na semana que antecedeu a Páscoa, que fui rabiscando no caderno de notas, mas que neste momento perderam já a oportunidade de publicação.

Frustração dupla! Passo dias difíceis, plenos de contrariedades e mesmo alicerçada na Fé, neste Portugal com notícias arrepiantes, com cada vez mais pobres, de políticos que cada dia se contradizem, de mentalidades vazias e ocas de valores, ainda fico chocada e a pensar se vale a pena lutar e por que causa.

Filho, não aguentavas os noticiários e desligavas sempre a televisão, pela violência das notícias. Pois vamos de mal a pior, como se costuma dizer. 
Ultimamente é demais! Começa a ser bizarro, nem sequer tenho um termo adequado, tantas mortes, tantos assassinatos de familiares próximos, tanta gente presumivelmente sadia, que corre riscos desnecessários, que atenta contra a sua própria vida, como sem noção do que o está a fazer, enquanto outros lutam estoicamente contra cancros...

Vamos vivendo e para quem sabe através da História, que todos os períodos difíceis e violentos são cíclicos, só tem que ir fazendo a sua parte como fosse sempre o seu último dia de vida.