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terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Passeio à beira mar ... sem lágrimas!

Amado!

Aproveitei o sol radioso de inverno e o mar calmo, prata, que visualizava da janela e fui dar um passeio com a Becas à beira mar.

Este último passeio de 2014 fez-me inspirar profundamente a energia do mar, encher o peito de esperança para o ano que se aproxima e ganhar coragem para viver. 


O Natal foi simples, calmo, pacífico, com muita saudade, mas também com muita gratidão pela companhia da  tua irmã e sobrinha, e do teu irmão, no skipe, que embora só num país estrangeiro, nos fez rir como noutros tempos...O primeiro, desde que partiste em que a mágoa me deixou!

Meu amor chorei muita lágrima, esqueci-me de viver, mas não preciso de te esquecer, para poder viver! 
A saudade vai continuar a morar a mim, uma ou outra lágrima não conseguirei deter, mas será de alegria pelas boas recordações. Sei que era assim que tu querias que eu reagisse há mais tempo.
Disseste-me tantas vezes que querias que eu fosse feliz... 

Que 2015 seja o ano da viragem!

Meu Amor estás comigo e em mim
como os cheiros da lareira, da terra húmida depois da rega, 
do alecrim, da alfazema, das rosas, da glicínea e do jasmim...

Permanecerá o som da viola tocada por ti,
da tua voz, persistindo na afinação do tom,
como permanecem toques e cheiros da infância
que resistem a anos, a mudanças e distâncias!

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

A Hipocrisia dos Homens em Dia de Natal

Afinal não foi o último post do mês e do ano...

Hoje,  25 de Dezembro, ao passear a Becas às horas da missa de fim de tarde, num jardim que ladeia uma bem conhecida Igreja de Vila Real, apercebi-me de vultos estratégicamente sentados, mesmo nas entradas de acesso ao interior da mesma, agasalhados, porque o tempo não é típico de se fazer solário.

Estranhei e circulei no mínimo duas vezes, para ter a certeza se os meus olhos me estavam a enganar e se se trataria de alguma encenação, para chocar os cristãos... das muitas e tristes situações de penúria nos lares portugueses. Então não estava eu no concelho de onde é natural o sr. Primeiro Ministro?

 

Observando e refletindo, dou conta da inquietação da Becas à aproximação de um cachorinho, que um casal trazia também a passear. Aí satisfiz a minha curiosidade e passei de espantada a assombrada.

Pratica-se a mendicidade à entrada e à volta da Igreja, em horas de culto e não é de agora! Será que o sr. Padre ignora a realidade das pessoas que estão ali? Não as conhece? E as organizações sociais também não funcionam?
Fala-se tanto, pede-se para tanto...
Em dias como os de hoje (frios, festivos...), o sr. Padre já tentou convidar os mendigos a entrar na Casa de Deus? Estavam mais quentes na Igreja, seriam servidos de alimento espiritual e quem quisesse dar, dava na mesma. Mas esta é apenas a minha opinião!
Talvez valha a pena pensar nisto!

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

A época é também de balanços!

A época é festiva e de balanços também, porque o novo ano está aí daqui a uns dias.
Este será talvez o último post do blogue deste ano, com este título e forma. E porquê?

Ao criá-lo a minha intenção não foi compreendida, por quem eu mais desejava. Não era comprazer-me na desdita da perda, mas antes compensar-me e recuperar memórias gratas, receber contributos de quem lidou de perto com o meu filho, para amenizar o choque de um vazio de memória. 
Dele, tenho frases e imagens recentes, e o meu bebé, a minha criança, o meu jovem, esse também perdi... Só tenho algumas fotografias. E era desse que eu queria que me falassem, que sei que foi maravilhoso, que por ser o mais novo e não dar trabalho nenhum, preteri em favor das mais velhas, porque a educação delas era prioritária na altura, para ele chegaria o tempo!
Ele brincava sozinho, tocava viola horas a fio, na escola sempre bem, falava pouco e observava muito. Em convívios, manifestava a sua alegria, com uma ou outra brincadeira mais inventiva...


E as fotografias mostram a irmã mais velha sempre atenta, sempre a mimá-lo, como uma mãezinha!

Tenho saudades de tudo, das horas das refeições em que todos falavam de tudo, de toda uma vida muito grande e muito cheia, de outros natais com todos os meus filhos, pais, irmã, cunhado, sobrinhos, da minha casa... 
Não passaram assim tantos anos, o último foi em 2008. Mas as circunstâncias e as pessoas fizeram-me crer que passaram séculos, que foi talvez numa outra vida! 

A minha filha mais velha convenceu-me que os nossos Natais agora são a três. Três mulheres de três gerações. E lá vou eu para Vila Real passar o Natal. 

Incrível! Tudo é mudança, alguém disse isso! E vou dar um basta nesta minha vidinha, que "só estou bem onde eu não estou", que serviu pelo menos, para ficar menos depressiva, saber melhor o que quero,  não derramar tantas lágrimas, gostar muito mais, se é possível, dos meus filhos e netos, pais, familiares e amigos que se mantiveram por perto. Não se assustem, que é dar um abanão no sentido positivo...colmatar gastos, participar em atividades que gosto, escrever, etc...

Aproveito para desejar um Santo Natal, a todos os leitores do blogue, com muito amor, saúde, alegria que vos faça sorrir à vida, ainda que ela seja feia e escura. 
Partilhem o verdadeiro Natal com quem mais amam, e que possa ser quando quiserem, que é isso que tem valor. Nada mais!  
          Paz
           União
 Alegrias
Esperanças
AmorSucesso
DignidadeLuz
RespeitoHarmonia
Saúde  Solidariedade
Felicidade Humildade
Paciência
Gratidão
Amizade
SabedoriaPerdão
TenacidadeBondade

Paz Benção de Deus
                                                 
                                                   
PARA TODOS EM 2015!

domingo, 14 de dezembro de 2014

Afilhada, se estivesses perto...

...já tinha pegado na Becas e "corrido" para junto de ti, dar-te um abraço e convidar-te a misturar-nos com a natureza da linda Ilha onde vives.

Se leste o post de ontem, percebes que este mês é muito longo e cheio de emoções para mim. Sem grande espaço para escritas. No entanto, vou contar-te hoje, sobre uma experiência familiar que eu e os meus vivemos durante anos e que queria muito escrever sobre ela no dia 8 de Dezembro e não fui capaz.

No dia que referi fui à Igreja onde os meus pais vão sempre, para no fim da missa, juntamente com o coro cantar os parabéns ao meu Pai, aos seus 82 anos. Em tempos, ele tocou violino no coro... 
Depois dei-lhe um abraço e vim para casa com as lágrimas nos olhos, recordando outros aniversários festivos.

Mais ou menos a partir dos 50, o meu Pai passou a reunir toda a família chegada num almoço convívio no dia do seu aniversário e festejava-se ao mesmo tempo, os anos da minha filha mais velha, que fazia anos dois dias antes. Passou a ser uma tradição muito alegre e bonita, que reunia filhos, genros, noras, netos e bisneta. Com os anos, alargou-se a maridos e companheiros das netas.
A primeira interrupção foi no ano do meu divórcio,  novembro 94, e eu tinha sido operada em outubro.
A segunda, em 2010, não pelo Tiago, mas porque o síndrome vertiginoso o atacou repentinamente.
Ano passado, celebrou com os meus irmãos mais novos e filhos, dividindo assim mais a família, que o meu irmão mais novo, já se tinha entretido a dividir para reinar. Quando se apercebeu que tinha errado, era tarde para retroceder.

Tantos anos mantiveram o clã unido, tão amigos são dos filhos  e agora que precisam de ser preservados de chatices, e que pela idade e pelo tempo que os teremos entre nós, de tanto devem ser poupados, surge a divisão, os mal entendidos, os contos e ditos, dos quais me quero à distância. 
Porque surgem? Basta haver interesses, alguma coisa para eles deixarem, mas que é fruto do trabalho deles, não de mais ninguém, não obstante a ganância humana é incrível, cega e sem memória. Inclusivé deixamos de conhecer os próprios irmãos de sangue.

E como sempre celebrei a vida, nos anos do meu amado Pai esquecia por completo a morte da minha primeira D.
Entendes agora por que é que este mês é tão longo minha querida?
Muitas e boa memórias, muitas ausências, perdas e incompreensões, festas sem sentido que não fazem jus ao nome.

Estou bem! Tenho Paz, um mar lindo para olhar sempre que desejo e uma Becas meiga e fiel.
Força minha querida Carolina.


sábado, 13 de dezembro de 2014

Meu beijamim Parabéns!

Tiago querido recordo perfeitamente o antes e depois do teu nascimento há 32 anos! 
Por duas horas, nascias no mesmo dia da tua irmã T, que fez ontem 37 anos.

Os vossos nascimentos foram dias de júbilo, as vossas vidas fontes de alegrias, de satisfação, de aprendizagem, de amor, de preocupação, de dor e de perda, ainda que de forma diferente. Mas não trocaria por nada, Nada mesmo, o privilégio de ter tido uma menina e um menino, em datas seguidas de calendário, com coração de ouro e carinhas de Anjo.

Ainda que acompanhada pelas sócias da Associação na Feira de Natal, estive a sós com os meus pensamentos a relembrar o dia em que nasceste e o último ano em que celebraste o teu 27º aniversário, 2009, em que me pediste para fazer arroz de pato e leite creme, convidar os avós, a tua irmã mais velha, sobrinha, a tua tia I, tio e primos. Fiz-te a vontade, exceto em ter os tios e primos para o almoço. Estáva-mos na casa da tia M e não havia condições para tanto. Mas estavas feliz, nunca pensei que fosse o último aniversário...

Sabes que o teu pai viu-te nascer? Foi tudo tão rápido que a mãe dele atirou-lhe uma máscara e pediu-lhe que segurasse na tua cabecinha, enquanto ela retirava os cordões que trazias ao pescoço. Eras tão lindo, tão limpinho, com a penugem loira a brilhar na cabecinha perfeitinha e umas pestanas enormes, nuns lindos olhos azuis. O meu sexto bebé era um principezinho.

Tinhas à tua espera um enxoval todo feito por mim, como se fosse para um primeiro filho. E tua irmã mais velha recebeu-te, amou-te, ajudou a cuidar de ti  como se fosse a tua mãezinha, apenas com 9 anitos.

O que me custa agora é que ninguém me liga, a dar-me os parabéns por ter sido tua mãe, como se não tivesses existido. Sim ligou o teu irmão e alegrou-me um pouco mais. Rejeitar que nasceste, estiveste com nós, não falar em ti, torna a minha dor insuportável meu amor e acredito que para as tuas irmãs também não deve estar a ser fácil. Sinto-me anestesiada, sem saber como lidar com isto.
Só sei que vos amo a todos com um amor que muitas vezes parece explodir no peito, acaba extragulado e solta-se em lágrima...

domingo, 7 de dezembro de 2014

Três vezes MÃE em Dezembro

Estive até aos últimos minutos deste dia seis de dezembro para nada escrever... desmotivada e entritecida pelas minhas próprias filhas, que não gostam que eu escreva, e precisamente aquela que eu parabenizo hoje, nada lê do meu blogue. Mas todos são livres de pensar, opinar e ler o que bem entenderem, e como foi essa a educação que fiz questão de dar, não vou encolher-me mediante opiniões opostas.

Pois hoje festejo o primeiro nascimento do mês de Dezembro!
Sim há quarenta anos nasceu a minha segunda D. com o pai a cumprir o serviço militar em Moçambique, e que só conheceu a sua bebé linda e fofa, aos oito meses.
                                                                   

As únicas fotos que tenho das minhas bebés, nos primeiros seis meses de vida, foram tiradas em cerimónias. Particularmente não tirava. Vivia com pavor de as perder, como perdi a primeira D. e a primeira T.

É com emoção que ao fim de tantos anos, no baú das memórias guardo estas de todos os meus filhos, e que ao contrário do que eles possam pensar me faz muito bem partilhar, porque me ajudam a superar as muitas gratificantes que esqueci do mais novo e que talvez ainda consiga recuperar.

Parabéns, filha querida, mãezinha responsável  para com irmãos, jovem mãe em plena juventude, ótima profissional, mulher inteligente, linda, gata e de garra. 
Esta é a filha que eu dei ao Mundo, de quem tenho muito orgulho e a quem desejo muito que seja bem feliz!

domingo, 23 de novembro de 2014

Bravo! Linda corajosa!


Palavras de quem não desiste


C, Afilhada

(...)
Eu ultimamente sinto-me sem forças, parece que me falta força nos braços, sinto-me tão cansada e também sem energia para trabalhar mas faço sempre o melhor possível, nego a vontade do meu corpo, eu não obedeço à sua vontade.
Tenho dores nas costas, a minha coluna está com uma pressão um pouco incomodativa, dói, os braços parecem não querer responder aos movimentos, mas tento negar e não pensar na dor ....não posso senão a vida pára e depois já será tarde e se fizer a vontade ao corpo vou
piorar e isso não quero.

Por vezes tenho vontade de me pendurar no estendal da roupa só para esticar as costas, descarregar a pressão da coluna sobre o coxas e as pernas..... mas não sou uma peça de roupa lol não dá ahahaahahah

Esse verão venha cá madrinha, à minha terra, no mínimo 7 dias, vai ver que será ótimo e se tiver com olheiras não se preocupe, eu farei de tudo para melhorar a sua aparência, isso é irrelevante, gosto de si, esteja no seu melhor ou no seu pior, apenas me irei preocupar em
fazê-la sentir bem, feliz.....

                                                             


C, Madrinha

És um AMOR!

É giríssima a imagem de ti pendurada no estendal da roupa e fez-me lembrar uma de mim há muitos anos.
Quando em Ginástica, ainda era assim que a disciplina se chamava, a prof. nos mandava subir ao espaldar e suspender, eu ria tanto ao imaginar a nossa figura de sapinhas, para quem nos estava a ver, que levava sempre ralhetes.
O que me valia era ser boa aluna, senão era muitas vezes castigada por ser endiabrada..
(...)

As duas e o que partiu, assim como o meu pai fazem anos em dez. Só o J faz em Maio.

Valeu escrever-te, porque já me fizeste rir. Vais melhorar, o meu Anjo da Guarda vai tratar de ti.


Beijos e um xi apertadinho. Coragem miúda!

 

sábado, 22 de novembro de 2014

Nunca te rendas!


Se observarmos com atenção o Mundo Animal, 
vemos excelentes exemplos para aplicarmos à nossa própria Vida.



Como podia imaginar?

Ausente de novo dias, em que o meu olho esquerdo deixou de ser o pisca pisca irritante, mas nem assim, outros motivos alegres surgiram para me "convencer" a escrever!

Há três dias ando intrigada com o comportamento estranho da minha cadelinha, que atribuía a odores que percebe dos animais do circo, quase aqui por baixo do prédio.
Nervosa, inquieta, sempre a chorincar, quase não come e não bebe... 
Salta do sofá para o ninho que revolve incessantemente, corre para a porta do quarto que arranha para entrar, deita-se atrás das minhas costas e costas do sofá.
À noite com o focinhito arreda o edredão até se conseguir esconder debaixo dele. 
Levanta-se e vem buscar um brinquedo golfinho de borracha, que uma amiga minha lhe deu, e que agora não larga, não para brincar, mas para lamber. 

Quando acaba por adormecer, depois de tanto vaivém e voltas, sinto-a aos solavancos e suspiros e cada vez mais contra o meu corpo.

Com o focinho derrama a água e a comida, como que revoltada contra qualquer coisa.
O pouco que come é da minha mão, como para me fazer a vontade.
Aconchego-a no meu colo e treme durante um bom bocado até acalmar. 

Liguei à veterinária e achou melhor levá-la lá.
Pois a minha Becas está a sofrer de pseudo-gravidez traumática. Procura e chora os filhos que supostamente teve, daí andar sempre atrás do boneco e a lambê-lo.

Está medicada, mas logo que possível vou ter de a esterilizar, porque segundo a veterinária, quando uma cadela  faz uma gravidez desta natureza tem tendência para fazer mais, que podem levar à morte.



Tem apenas ano e meio e isto acontece a seguir ao segundo cio, em que nem sequer a "acasalei".




Há coisas! Bichos, neste caso, Cadela, Sente e Sofre, como alguns humanos já não teem capacidade para tal...




Também sofrimento para a minha bichinha?


É caso para dizer: mesmo sossegada no meu canto, não há Paz!