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domingo, 14 de dezembro de 2014

Afilhada, se estivesses perto...

...já tinha pegado na Becas e "corrido" para junto de ti, dar-te um abraço e convidar-te a misturar-nos com a natureza da linda Ilha onde vives.

Se leste o post de ontem, percebes que este mês é muito longo e cheio de emoções para mim. Sem grande espaço para escritas. No entanto, vou contar-te hoje, sobre uma experiência familiar que eu e os meus vivemos durante anos e que queria muito escrever sobre ela no dia 8 de Dezembro e não fui capaz.

No dia que referi fui à Igreja onde os meus pais vão sempre, para no fim da missa, juntamente com o coro cantar os parabéns ao meu Pai, aos seus 82 anos. Em tempos, ele tocou violino no coro... 
Depois dei-lhe um abraço e vim para casa com as lágrimas nos olhos, recordando outros aniversários festivos.

Mais ou menos a partir dos 50, o meu Pai passou a reunir toda a família chegada num almoço convívio no dia do seu aniversário e festejava-se ao mesmo tempo, os anos da minha filha mais velha, que fazia anos dois dias antes. Passou a ser uma tradição muito alegre e bonita, que reunia filhos, genros, noras, netos e bisneta. Com os anos, alargou-se a maridos e companheiros das netas.
A primeira interrupção foi no ano do meu divórcio,  novembro 94, e eu tinha sido operada em outubro.
A segunda, em 2010, não pelo Tiago, mas porque o síndrome vertiginoso o atacou repentinamente.
Ano passado, celebrou com os meus irmãos mais novos e filhos, dividindo assim mais a família, que o meu irmão mais novo, já se tinha entretido a dividir para reinar. Quando se apercebeu que tinha errado, era tarde para retroceder.

Tantos anos mantiveram o clã unido, tão amigos são dos filhos  e agora que precisam de ser preservados de chatices, e que pela idade e pelo tempo que os teremos entre nós, de tanto devem ser poupados, surge a divisão, os mal entendidos, os contos e ditos, dos quais me quero à distância. 
Porque surgem? Basta haver interesses, alguma coisa para eles deixarem, mas que é fruto do trabalho deles, não de mais ninguém, não obstante a ganância humana é incrível, cega e sem memória. Inclusivé deixamos de conhecer os próprios irmãos de sangue.

E como sempre celebrei a vida, nos anos do meu amado Pai esquecia por completo a morte da minha primeira D.
Entendes agora por que é que este mês é tão longo minha querida?
Muitas e boa memórias, muitas ausências, perdas e incompreensões, festas sem sentido que não fazem jus ao nome.

Estou bem! Tenho Paz, um mar lindo para olhar sempre que desejo e uma Becas meiga e fiel.
Força minha querida Carolina.


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