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sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Mais um objeto com história

Livro de Economia Doméstica



   
  Canta. Busca na vida o que é perfeito.
  Olha o Sol e não queiras outro guia. 
  Sonha com a noite e absorve, aspira o dia.    
  Tal como uma flor que te florisse no peito.
  (...)
  Procura eternizar cada momento.
  Fecha os olhos a todo o sofrimento
  E terás feito a carne do teu verso.
                      
                         (Trinta e Nove poemas de Fernando de Castro)

Livro que me acompanha há mais de quarenta e cinco anos. 
Sei quase de cor todo o seu conteúdo, não porque a ele recorresse muitas vezes além dos três anos em que tive a disciplina no curso de Formação Feminina, mas pela utilidade e memorização que fiz e reconheci na época, e que me ajudou a crescer como mulher.

Talvez hoje, uma jovenzinha de catorze, quinze anos, diria que o livro é uma "seca", que não precisa de saber nada do que ele diz, que é uma "velharia", e talvez até risse na minha cara, perante o desafio de um curso de meio ano, para ambos os sexos, recorrendo a muitos dos conteúdos do manual, com as tecnologias atuais.

Quantos jovens casais não precisam de saber cozinhar? Limpar uma casa? Pregar um botão? Dar a ferro? Coser a baínha de uma calça? Cuidar de um bébe?  

Se quiserem responder, fica o desafio...

Muitas vezes, ao ver programas de televisão sobre temáticas variadas, como recriar novas roupas a partir de antigas, ou as tão famosas políticas dos RRR, rio-me interiormente e penso que sou velhíssima! 
Há tantos anos que faço tudo que "pregam" agora. 
Ensinei a dividir o lixo em casa, nas escolas, pela prática. Suspeito que mesmo assim fui um pouco como o Pe. António Vieira. Terei andado a "pregar aos peixes"?

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