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sexta-feira, 28 de março de 2014

Há dias assim... e começam a ser demais!

... em que se acorda sem vontade de sair da cama, em que o dia se inicia penoso, mesmo que ainda se sinta uma cadelinha melosa lamber-nos as mãos, depois a ponta do nariz, a lembrar-nos com insistência, que estamos vivos e há necessidades que não esperam...
Mas a letargia, a nostalgia de outros tempos, em que o relógio comandava a vida, em que durante o duche se ia pensando na roupa a enfiar, nos pequenos almoços a colocar na mesa, nos filhos a levar à escola e depois o nosso trabalho.

A algazarra de tantos miúdos e graúdos, do som sempre irritante, intolerável, quase hora a hora da campainha, que faziam passar os dias a correr, sempre esbaforida, com tudo pensado antes e com tempo, com alguns improvisos na "manga", para os mais espevitados, que me deixavam esgotada para os meus quatro ou cinco de casa, até me deitar, já tarde, sempre tarde, para no dia seguinte tudo se repetir.
Saudades desses dias? Não! Nostalgia? 
Tristeza apenas, da casa e da mesa vazia.

Os dias assim... passam depressa, mas parte na cama, não tiro o pijama, não faço uma refeição completa com prazer, não resmungo com ninguém, mas não passam de dias de calendário, sem emoções, sem vontades, apenas amorfos.

E eu ainda gosto de mim, para não gostar nada de dias assim!

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